sábado, 16 de junho de 2007

Opções da Formação: São Paulo


O São Paulo precisa vencer o Vasco amanhã. Para ganhar moral e afastar de vez esse princípio de crise, o tricolor paulista não pode se dar ao luxo de perder mais pontos em casa (o que já aconteceu na rodada passada diante do Atlético Mineiro). Mas, para isso, precisa fazer gols. Coisa que o melhor ataque do Brasileirão de 2006 parece ter esquecido durante as férias.

O principal responsável pela seca de gols são-paulina, contudo, não é o ataque, e sim o meio-campo. Há um visível buraco entre o meio de campo e o ataque tricolor. Para constatar isso, basta tentar (se esforçar para) lembrar qual foi o último gol do time marcado de dentro da área do adversário (pênalti não conta, óbvio). O fato é que o time está viciado em três jogadas básicas: as arrancadas de Ilsinho, os chuverinhos de Jorge Wagner e os chutões para o Aloísio. O ala-direito, em má-fase, não consegue produzir uma jogada individual desde que foi convocado à seleção brasileira. Já as outras variações pecam por depender demais do pivô Aloísio. A própria característica dessas jogadas, limita a movimentação do atacante (já que os lançamentos vêm sempre dos mesmos lugares). Então, basta que o miolo de zaga o marque (um encosta, outro sobra) para anulá-lo. O pivô fica assim incapaz de cabecear os chuveirinhos, de ajeitar e de girar para finalizar as bolas que recebe diretamente do setor defensivo ou dos alas.

O São Paulo precisa ocupar a intermediária adversária. É preciso que o time volte a se movimentar naquele setor, prendendo ali a bola, para dificultar a marcação adversária e permitir a chegada dos jogadores próximo ao gol adversário em condições de finalizar. Os desfalques gerados pelo excesso de cartões e pela seleção brasileira fornecem a Muricy a oportunidade perfeita para um experimento na formação do time. Muda-lo para deixar os jogadores de toque de bola mais próximos de onde ela precisa ser tocada. O experimento (que Muricy, é claro, não fará) ideal para mim, é o seguinte:



Como dito anteriormente, Ilsinho está em má fase, mas com Reasco em sua seleção, ele é a única opção para a lateral direita. Um dos laterais de ofício assumiria a lateral esquerda para liberar J. Wagner que comporia o meio de campo. Minnha primeira opção seria claro, Junior. Souza retornaria a meia direita. Apesar da fase ruim, ainda é o principal assistente do time. Com Fredson contundido, não sobram opções para a dupla de volantes a não ser: Richarlysson e Hernanes. Richarlysson não é um grande marcador, mas tem boa saída com a bola. Junto com Junior e J. Wagner ele poderia formar um setor esquerdo interessante. Como os três são jogadores inteligentes, poderiam alternar suas chegadas ao ataque de forma que sempre um deles permaneça na cobertura. Hernanes ficaria um pouco mais preso, subindo mais como um fator surpresa (seu chute forte de fora da área) do que como elemento de triangulação. Esse papel seria realizado mais por Hugo, que teria que se esforçar para cair mais vezes pela direita que pela esquerda, no entanto, nada impede que troque de posição com J. Wagner algumas vezes, para que o camisa 7 componha a triangulação do setor direito e Hugo abra pela esquerda. Jogando mais próximo ao gol, as qualidades de Hugo (velocidade, bom drible e domínio de bola, boa finalização) seriam maximizadas e suas desvantagens (pouco poder de composição da marcação do meio-campo, pouca capacidade de cadenciamento do jogo, etc) minimizadas. Com mais gente chegando à frente por meio do toque de bola, Aloísio se posicionará como pivô apenas para formar o mais adiantado vértice da triangulação, aumentando o número de boas oportunidades criadas para seus companheiros. Não mais sobrecarregado, o pivô poderia se preocupar mais, é claro, em finalizar.

Por fim, boas opções para substituições no decorrer da partida seriam: Borges (para substituir Aloísio ou para entrar em “modo kamikaze” no fim do jogo), Lenílson (para substituir Hugo caso esse não atue bem. Menos velocidade, mais poder de finalização) e, Edcarlos (caso seja preciso retrancar para garantir o resultado).

Brunão, que não é tecnico de futebol mas também atende a chamados de "ow professor".

6 comentários:

Anônimo disse...

Juliana disse: Eu concordo em partes. Creio que as táticas do Muricy são furadas, que não colocar o Júnior é burrice, pois o cara é o verdadeiro craque do time. Craque mesmo. Também acho que muita grosseria tem culpa na atual situação do tricolor paulista. Tudo bem que o Diego é bom goleiro, mas teve cada lance absurdo naquele jogo que me doeu. Eu chutava igual de direita (sou canhota), até minha avó chuta bem pra fora e ela tem Alzheimer... Não to entendendo o que está acontecendo, acho que o time não está tão introsado, parece que o jogo pegou eles de surpresa. Uma pena. Meu time merecia algum título esse ano.

César Zambon disse...

Bruno,
Concordo perfeitamente com a sua sugestão tática. Foi com essa formação que o SP fez suas melhores partidas no ano passado.
Discordo apenas do seguinte: acho o Hugo totalmente dispensável. O Dagoberto pode desempenhar essa função com a mesma eficiência e com muito mais qualidade técnica.
De qualquer maneira, sua análise está excelente (você só poderia ter me polpado quando disse que o Richarlysson tem boa saída de bola... por favor!)

Brunão disse...

Eu tbm acho que o Dagoberto é titular absoluto. Eu fiz essa formação para o jogo de hj só (o Dagoberto está suspenso pelo terceiro amarelo).

Anônimo disse...

Falo bem, o texto estava indo muito bem, mas quando li "...Richarlysson não é um grande marcador, mas tem boa saída com a bola. Junto com Junior e J. Wagner ele poderia formar um setor esquerdo interessante. Como os três são jogadores inteligentes..." por favor, passou a hora de mandar o Richarlysson embora...cara ridículo...

Denis Barbosa Cacique disse...

Discordo com quem não concorda com o Bruno. o Richarlysson tem sim uma boa saída de bola e é um jogador de certa inteligência. O problema é q ele, Richarlysson, se acha mais técnico do q é. Só isso.
Se estiver bem acompanhado, tipo com o carinhoso Lugano orientando-o em campo, ele até q pode jogar muito bem (no caso dele, muito bem quer dizer "não fazer merda".

Brunão disse...

Ah q isso, gente. O Rycharlisson não é craque... é lógico. Mas, tbm não é nenhum cabeça de bagre e consegue sair jogando sim! (não é lá aquelas coisas, mas consegue). A era dos craques acabou...rss.. é com esse tipo de jogadores q temos q nos contentar agora...(ainda vou fazer um texto sobre o "desencanto" do futebol...rss), paciência.
Vcs implicam com o kra só por causa do jeitinho dele...rssss