La Bombonera: Um estádio que ganha jogo
Podem me chamar de exigente, enjoado, chato, rabugento etc., mas que essa Copa Libertadores foi medíocre, ah isso foi. Já começamos com o atual campeão, o Internacional, sendo eliminado na primeira fase, juntamente com o tradicionalíssimo River Plate. Depois, vimos o mais bem-sucedido clube brasileiro na história da competição, o São Paulo, fazer campanha pífia e ser eliminado nas oitavas de final, já tendo ido longe demais pelo futebol que jogou. Em seguida, nos espantamos com o aparecimento de um tal Cúcuta que, com ares de Once Caldas, foi bem longe (mais do que deveria) e parou somente na semi final. Por fim, o melhor time da competição, o Santos, foi eliminado por causa da maldita regra dos gols marcados fora de casa.
Após tudo isso, chegaram à final dois times medíocres, embora tradicionais. Comecemos pelo vice-campeão (ou alguém em sã consciência ainda acredita na virada gaúcha?). O que se pode dizer de um time cujo “craque” é o Tcheco e que aposta suas fichas nos “talentos” de Lúcio, Sandro Goiano e Tuta? Ah, claro, alguém irá dizer: “Mas o forte do Grêmio é a raça, a determinação e a força”. Muito bem, meu caro, mas então eu te pergunto: o que mais demonstra o Grêmio além dessas três virtudes? Absolutamente nada. Ora, convenhamos,... a equipe gaúcha, tecnicamente, é uma lástima.
Passemos ao campeão. O Boca Juniors, deixando de lado qualquer trocadilho infame e previsível, é um time meia-boca. Aquela defesa,... santos deuses ludopédicos! O goleiro, nosso glorioso Caranta (não sei se escrevi certo), rebate mais bola do que o Doni e o Gomes juntos; aquele Morel é uma espécie de André Dias argentino; e o tal do Díaz (que, aliás, parece mais um capanga de traficante colombiano) deve ser contra-indicado, em caso do torcedor ter histórico de problemas cardíacos; e mesmo o Riquelme, por mais que o elogiem, considero-o bem abaixo do Riquelme dos outros títulos boquenses. Resumindo: um time que fica muito distante dos Bocas 2000 e 2003, que venceram, respectivamente, Palmeiras e Santos. Aqueles sim eram timaços: uma defesa segura, com o goleiro Córdoba e depois Abondanzieri, o Córdoba zagueiro, além de um Riquelme no auge, Schelotto, Delgado, Tévez... todos sob o comando do mestre Bianchi.
O jogo de ontem foi um perfeito resumo da campanha boquense nessa Libertadores: garante sua classificação ganhando jogos na marra dentro da Bombonera. Ontem teve ainda uma ajuda impressionante do Zeus ludopédico: abriu o placar com um gol esquisito e em impedimento, quando era amplamente dominado pelo adversário. Depois, foi auxiliado pela brilhante performance de Sandro Goiano, que mais uma vez executou com perfeição suas especialidades: dar pontapés e ser expulso de campo. Com o Grêmio lutando para garantir o menor dos desastres, o Boca, embora não tenha criado mais muitas chances, acabou ampliando com um gol de falta de Riquelme... uma falta cobrada em estilo nada Riquelmeano. E, para completar, os portenhos ainda “marcaram” aquele terceiro gol: um tento que, caso o jogo estivesse acontecendo na Bahia, todos diriam ser obra de algum deus afro-brasileiro que fora instigado por certas oferendas galináceas, enterradas atrás da meta de Saja.
Enfim, Boca e Grêmio fizeram um jogo atípico e mais uma vez o time argentino ganhou com a ajuda sobrenatural da sua mística arena (e com a ajuda nada sobrenatural do bandeirinha, claro). O time da Bombonera se sagrará hexacampeão na semana que vem, graças muito mais à ausência de adversários decentes do que a seus próprios méritos. Sempre que concluo algo desse tipo, a saber, que o campeão de um torneio deve mais à incompetência dos outros do que à sua própria competência, sou obrigado a dizer que o torneio em questão foi medíocre. Arrisco-me até a dizer o seguinte: essa só não foi a pior Libertadores do século, porque nosso bravo Cúcuta ficou pelo caminho e perdeu a chance de repetir o imortal Once Caldas 2004.
Após tudo isso, chegaram à final dois times medíocres, embora tradicionais. Comecemos pelo vice-campeão (ou alguém em sã consciência ainda acredita na virada gaúcha?). O que se pode dizer de um time cujo “craque” é o Tcheco e que aposta suas fichas nos “talentos” de Lúcio, Sandro Goiano e Tuta? Ah, claro, alguém irá dizer: “Mas o forte do Grêmio é a raça, a determinação e a força”. Muito bem, meu caro, mas então eu te pergunto: o que mais demonstra o Grêmio além dessas três virtudes? Absolutamente nada. Ora, convenhamos,... a equipe gaúcha, tecnicamente, é uma lástima.
Passemos ao campeão. O Boca Juniors, deixando de lado qualquer trocadilho infame e previsível, é um time meia-boca. Aquela defesa,... santos deuses ludopédicos! O goleiro, nosso glorioso Caranta (não sei se escrevi certo), rebate mais bola do que o Doni e o Gomes juntos; aquele Morel é uma espécie de André Dias argentino; e o tal do Díaz (que, aliás, parece mais um capanga de traficante colombiano) deve ser contra-indicado, em caso do torcedor ter histórico de problemas cardíacos; e mesmo o Riquelme, por mais que o elogiem, considero-o bem abaixo do Riquelme dos outros títulos boquenses. Resumindo: um time que fica muito distante dos Bocas 2000 e 2003, que venceram, respectivamente, Palmeiras e Santos. Aqueles sim eram timaços: uma defesa segura, com o goleiro Córdoba e depois Abondanzieri, o Córdoba zagueiro, além de um Riquelme no auge, Schelotto, Delgado, Tévez... todos sob o comando do mestre Bianchi.
O jogo de ontem foi um perfeito resumo da campanha boquense nessa Libertadores: garante sua classificação ganhando jogos na marra dentro da Bombonera. Ontem teve ainda uma ajuda impressionante do Zeus ludopédico: abriu o placar com um gol esquisito e em impedimento, quando era amplamente dominado pelo adversário. Depois, foi auxiliado pela brilhante performance de Sandro Goiano, que mais uma vez executou com perfeição suas especialidades: dar pontapés e ser expulso de campo. Com o Grêmio lutando para garantir o menor dos desastres, o Boca, embora não tenha criado mais muitas chances, acabou ampliando com um gol de falta de Riquelme... uma falta cobrada em estilo nada Riquelmeano. E, para completar, os portenhos ainda “marcaram” aquele terceiro gol: um tento que, caso o jogo estivesse acontecendo na Bahia, todos diriam ser obra de algum deus afro-brasileiro que fora instigado por certas oferendas galináceas, enterradas atrás da meta de Saja.
Enfim, Boca e Grêmio fizeram um jogo atípico e mais uma vez o time argentino ganhou com a ajuda sobrenatural da sua mística arena (e com a ajuda nada sobrenatural do bandeirinha, claro). O time da Bombonera se sagrará hexacampeão na semana que vem, graças muito mais à ausência de adversários decentes do que a seus próprios méritos. Sempre que concluo algo desse tipo, a saber, que o campeão de um torneio deve mais à incompetência dos outros do que à sua própria competência, sou obrigado a dizer que o torneio em questão foi medíocre. Arrisco-me até a dizer o seguinte: essa só não foi a pior Libertadores do século, porque nosso bravo Cúcuta ficou pelo caminho e perdeu a chance de repetir o imortal Once Caldas 2004.
Um comentário:
Não acho q as condições q vc enumerou resultam num torneio necessáriamente medíocre. Se eu fosse torcedor do Boca, por exemplo, estaria achando o torneio maravilhoso!
Mas parabéns. Outro belo texto!
Só que a sua assinatura tá assustadora! 14º Sol! ahahahahaha
Ah, qto ao Riquelme, só acho q ele amadureceu. É um jogador mais econômico q antes. Mas nem por isso menos eficiente. o Saja q o diga. E ELE TAVA GRIPADO!
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