segunda-feira, 25 de junho de 2007

Um Armador Trapalhão


Muito felizmente, esta não é a resenha do que poderia ser mais um filme do pseudo-humorista Renato Aragão. Armador Trapalhão é o Hugo, meia do Tricolor do Morumbi. Enquanto esteve em campo, hoje, contra o Santos, o jogador até que conseguiu demonstrar certos lampejos de lucidez, intercalados, contudo, por freqüentes instantes de nervosismo e mediocridade futebolística.

Durante a vitória do São Paulo por dois a zero sobre o Santos, na Vila Belmiro, o jogador protagonizou lances dignos dessas comédias brasileiras. Essas com que alguns pais torturam seus filhos, dizendo: “se voltar a tirar nota ruim, eu te levo para ver um filme do Didi e depois te obrigo a assistir uma coleção de DVDs da Xuxa”.

No segundo gol do São Paulo, por exemplo, sua participação, excessivamente passiva, foi de uma comicidade incrível. A bola passou por ele duas vezes, uma batendo na canela, e outra, na barriga. O confuso lance é de difícil descrição. Importante mesmo foi que Dagoberto, bem posicionado, aproveitou o gol quase vazio e fez o segundo gol, primeiro dele com a camisa do São Paulo. E o Hugo ficou com aquela cara de “tô feliz, mas não sei o que aconteceu”.

Noutro lance, ainda mais cômico que o primeiro, o jogador foi capaz de arrancar não apenas parte do gramado, como também a raiz e a terra por onde passou seu cego pé esquerdo.

Em outro momento, ao tentar acertar de primeira uma bola cruzada a meia altura por Aloísio, que, diga-se de passagem, fez boa partida, Hugo conseguiu pegar, aliás, resvalar, tão mal na bola, que esta, ao invés de ir para o gol, subiu e subiu e subiu... e a torcida poderia ter gritado “Home Run”.

Instável, o meia foi advertido com um cartão amarelo ainda no primeiro tempo. No segundo, ao reclamar com uma paixão excessiva uma falta que realmente sofrera, mas que o árbitro não marcara, acabou expulso.

Fora do próximo jogo, Hugo deverá ser substituído por Souza, que, embora não tenha mostrado muita qualidade até esta altura do ano, é, mesmo assim, menos trapalhão que o Hugo. E se jogar bem, é bastante provável que o Souza retome a vaga que lhe pertence por direito, não obstante jamais ser escalado nela: Trapalhadas do Muricy. Mas o trapalhão mestre merece uma cornetada (mais uma) só para ele.

Denis Barbosa Cacique (vulgo Zagueiro Míope) – 24 de junho de 2007
(Pênalti! Eu miro o canto direito. A bola, sem querer, vai para o meio, fraca e fácil para o goleiro. É culpa da bola, meu povo. Sempre é culpa dela.)

2 comentários:

César Zambon disse...

Boa, Dênis! essa foi uma cornetada mais do que merecida. Cara, no intervalo do jogo eu virei pro meu pai e falei: "O Muricy tem que tirar o Hugo ou Richarlysson. Os dois têm cartão. No mínimo um deles vai ser expulso".
No lance do gol, eu acho que a segundo "intervenção" do Hugo foi de nariz e não de barriga. Mas tudo bem, sua participação foi brilhante de qualquer jeito.

Denis Barbosa Cacique disse...

De nariz? Então a coisa foi pior do que pensei!